Viagens | Passear a pé #8
O passeio de hoje é sem dúvida o mais mediático dos percursos em passadiço de madeira do nosso país. Já por duas vezes danificado pelo fogo, tem sido sempre prontamente recuperado e é cada vez mais popular.
Passadiços do Paiva
Construídos em madeira, esta excepcional obra de engenharia proporciona-nos um passeio num ambiente ainda pouco deformado pela mão humana (se exceptuarmos os próprios passadiços, claro, e os incêndios recorrentes), junto a um rio conhecido pelas suas águas bravas e durante o qual é possível observar vários geossítios – como a Cascata das Aguieiras ou a Falha de Espiunca, para só mencionar dois deles. Sendo na sua maioria pouco exigente fisicamente, na extremidade do lado da praia do Areinho, junto à ponte de Alvarenga, existe uma enorme elevação que obriga a uma subida difícil, tanto num sentido como no outro. Por todos estes motivos, o percurso não é aconselhável a quem não esteja em boa forma física ou tenha dificuldades de mobilidade, ou vá com crianças muito pequenas.
Localização: margem esquerda do Rio Paiva (concelho de Arouca, distrito de Aveiro)
Início: Praia fluvial do Areínho
Fim: Espiunca
Comprimento: 8,7 km
Duração: 2,5 horas
Características especiais: O percurso no sentido Areínho-Espiunca é o menos exigente a nível físico – “apenas” se sobem 310 degraus, contra 450 no sentido inverso. No entanto, se a intenção for percorrer os Passadiços nos dois sentidos a opção Espiunca-Areínho-Espiunca será a mais acertada, para não ser preciso enfrentar a subida mais íngreme quase no final, quando o corpo já grita por descanso. Existem parques de estacionamento e cafés com refeições rápidas nas duas extremidades dos passadiços. Percorrendo os passadiços num só sentido, é possível apanhar depois um táxi para o ponto onde se iniciou o percurso.
Amanhã há um novo passeio para vos inspirar :-)
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Publicado em Inominável nº 12
por Ana CB autora do blog Viajar. Porque sim