Ter | 03.04.18
Tanto mar entre nós... | Evaporação
Se um poeta evapora
uma nuvem deságua
chorinho
no meu telhado
e refaz
barulhinho bom.
Canta, canta, canto
gota é lágrima
na bica da velha calha
que enche até a boca
uma duna de sal
na bilha vermelha.
No curvo e longo gargalho
do barro molhado
minha mão aquela nuvem recolhe
*
*
*
VAGA MÚSICA
VAGAROSA
VAGA
ONDA VAPOROSA
VAGO
NO RASO DEPOIS DA ONDA
SÓ
ASSIM EVAPORO
*
*
__________________________________________________________________
Publicado em Inominável nº 12
por Baltazar autor do blog Depois eu conta | BRASIL