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Revista Inominável

A revista para lá da blogosfera!

Seg | 11.01.16

Sonharei sempre contigo

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Um amor assim, visto à distância, torna mais doces as memórias. E no entanto, nada é exactamente como esperávamos, nada corre de acordo com o plano.

Tenho em mim sonhos de rapazinho que a idade adulta não roubou. O meu tem o teu nome impresso, como quando olhas para as nuvens e nelas vês formas que na realidade não existem. Mantive sempre essa tonta ilusão. Passávamos uma esfregona no tempo e como por magia tudo se recompunha. É bom pensar assim, mesmo que saibamos que dificilmente o amor vence o tempo. No entanto, tal existe, já foi tentado com sucesso.

Disseste-me que o tempo passou, já não somos os mesmos, que tudo não passa de ilusão ampliada pelo tempo e distância. Permite-me discordar. Trocava uma vida inteira por um minuto contigo, um segundo de felicidade. Agora tens um marido, uma casa, vida estável e sem sobressaltos. Compreendo que te mais sintas confortável com esse teu marido – certamente excelente pessoa – que em saltar comigo para o desconhecido, correndo risco de nos estatelarmos.

Mas, meu amor, que nem sequer me tenhas dado a mão para espreitar o abismo, para nos sentirmos inebriados pelo vento que sobe o desfiladeiro aquecido pela paixão esquecendo tudo que não nós, dói.

Serás sempre o meu sol, mesmo em momentos frios como este, em que a lógica esmaga o sonho. Porque serei sempre aquele que sonha contigo, todos os dias e noites.

 

 

Texto de Jonathan e publicado na Inominável nº 1

 

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