Livros nunca são demais...
Ora dá cá um e a seguir dá outro,
depois dá mais um
que só dois é pouco
Ai eu gosto tanto e é tão docinho
E no entretanto dá mais um...
Muitos de nós associam esta quadra a uma canção da década de 80 do século passado e que se chama A Canção do Beijinho. Mas, na verdade, esta canção podia ser adaptada àquela que é a melhor prenda de Natal que se pode receber – livros.
Ora dá cá um livro e a seguir dá outro. Depois dá mais um livro que só dois é pouco.
Livros. São sempre poucos aqueles que recebemos, poucos os que lemos e tantos, mas tantos, os que gostávamos de ler.
Sou coleccionadora de livros. Gosto de os ler e gosto de os ter. São a melhor prenda de Natal, de anos, de Páscoa ou só porque sim. Desde que me lembro que os recebo no Natal – primeiro os livros infantis, depois os juvenis... Lembro-me de me oferecerem dois ou três livros da colecção Patrícia num Natal e de, quando chegou o Ano Novo, andar a perguntar se não havia mais livros para receber. É que já os tinha lido e queria mais. Queria sempre mais livros.
Qualquer pessoa gosta de abrir presentes. Tentar imaginar o que é, será que vamos gostar, o que terá este formato? No meu caso as dúvidas eram outras – que autor escolheram, será que é duma colecção nova? Enquanto outras crianças ficariam desiludidas – mais livros? – eu respondia – só estes?
Livros, a única prenda que traz outras prendas lá dentro.
Texto de Magda L Pais, autora dos blogs Stone Art Books e StoneArt Portugal, participante no blog Aprender uma coisa nova por dia e publicado na Inominável nº 1