Eu vivo numa ilha. E quando se vive numa ilha tem-se, por vezes, a sensação de viver num mundo à parte, como que num conto cheio de personagens excêntricas, mas onde a excentricidade é a chamada normalidade. Desta vez vou falar destas personagens e desta atmosfera alternativa, onde a vida é borbulhante, as meninas andam na rua vestidas de princesas, os meninos de super-heróis (e adultos também, um dia esbarrei contra um Homem-Aranha que vestia, no mínimo, um L) e as canções na (...)
Chegados a Dulverton, apanhámos (mais) um choque térmico, e também um choque geográfico: a charming little town publicitada pela rede de autocarros consistia numa rua principal, a que chamam High Street, uma igreja e algumas lojas. É uma vila situada num vale, rodeada de uma bruma romântica, e de uma natureza quase selvagem, onde podemos visitar o Parque Nacional de Exmoor, bastante afamado no distrito, mas infelizmente os nossos pobres pés quase congelados mostraram dolorosos (...)
Chegou Fevereiro mas, como podem calcular, escrevo mais um capítulo deste diário aberto ainda em Janeiro. No rescaldo das festas natalícias e da entrada neste novo ano, a mergulhar nos braços frios do (agora) verdadeiro Inverno por aqui, tento superar a eminente congelação dos meus membros com idas ao ginásio (resolução de novo ano, claro!), e tendo uma capacidade de noção de moda, que eu não sabia que podia ter, com camadas e camadas de roupa. É o meu primeiro Inverno, e (...)
Desde pequena, muito pequena, que me lembro de gostar de tudo o que era proveniente de Inglaterra, desde a sua língua e musicalidade, aos desenhos animados em que os animais não só falavam, como o faziam com British accent! A minha mãe tinha um estranho fascínio por tudo o que se relacionava com as famílias reais, sendo a inglesa uma das suas preferidas, (...)