Quando este texto for publicado já há muito que as férias são tão-somente uma mera e boa recordação. Não mais que isso.
Só que este texto foi escrito mesmo no fim da minha licença de Verão e deste modo, nesta altura, ainda estavam muito presentes alguns dos filmes que vi na última quinzena de Agosto.
À excepção de duas longas-metragens, todos as restantes foram revisitações…
Inicio pelo mais antigo.
Um filme que já havia referido num número anterior (...)
Após muitos números a falar da sétima arte pura e dura, creio ter chegado o momento de falar sobre cinema numa perspectiva mais urbana… Lisboa, desde que me lembro, sempre teve muitos cinemas. Há 30/40 anos ir ao cinema era um acto de cultura. E tendo em conta as distâncias percorridas, maioritariamente em transportes públicos, ver um filme equivalia quase sempre a gastar um dia. Se ainda por cima morássemos relativamente longe, havia que escolher uma matiné e mesmo (...)
Como se pode observar, o título contém ao mesmo tempo uma certeza e uma questão. Não sei se a afirmação corresponde à verdade ou, muito menos ainda, se a pergunta faz sentido.
Porém…
Tenho do cinema a imagem que reporta à minha infância: uma enorme sala com muita luz, cadeiras muito confortáveis, ecrãs enormíssimos, silêncio absoluto, luzes apagadas e eis o filme a passar na imensa tela.
O som quase tenebroso entrava por nós dentro e fazia-nos tremer dos pés à (...)
Normalmente quem aprecia cinema tem sempre um ou mais filmes preferidos, daqueles de que se gosta só porque sim, independentemente de serem boas ou más películas. Ou é a história, ou uma personagem, um actor, ou tão-somente uma imagem que perdurou.
Depois há aqueles filmes que numa determinada altura vimos e achámos menos interessantes, mas que agora passados muitos anos até se tornaram num clássico… nem que seja só para o próprio.
Certamente que também não (...)
Já viram os filmes que eu recomendei em Junho? Gostaram? (Estou já a assumir que quem leu o meu derradeiro texto foi a correr ver os filmes que aqui indiquei, o que logicamente me parece pouco provável…) Como não gosto das coisas pela metade, passemos de seguida a outros filmes para mim marcantes e dos quais guardo óptimas recordações.
Começo naturalmente pelo Casablanca, que foi durante muitos anos o meu “Filme”. Ele tinha tudo o que eu gostava no cinema: uma história, (...)